sexta-feira, 26 de agosto de 2011

E SE JESUS FOSSE NEO.........?

Se Jesus fosse neo......., não venceria satanás pela palavra, mas teria o repreendido, o amarrado, mandado ajoelhar, dito que é derrotado, feito uma sessão de descarrego durante 7 terças-feiras, aí sim ele sairia. (Mt 4:1-11)
Se Jesus fosse neo......., não teria feito simplesmente o “sermão da montanha”, mas teria realizado o Grande Congresso Galileu de Avivamento Fogo no Monte, cuja entrada seria apenas 250 Dracmas divididas em 4 vezes sem juros. (Mt 5:1-11)
Se Jesus fosse neo......, jamais teria dito, no caso de alguém bater em uma de nossa face, para darmos a outra; Ele certamente teria mandado que pedíssemos fogo consumidor do céu sobre quem tivesse batido pois “ai daquele que tocar no ungido do senhor” (MT 5 :38-42)
Se Jesus fosse neo......, não teria curado o servo do centurião de cafarnaum à distância, mas o mandaria levar o tal servo em uma de suas reuniões de milagres e lhe daria uma toalhinha ungida para colocar sobre o seu servo durante 7 semanas, aí sim, ele seria curado. (Mt 8: 5-13)
Se Jesus fosse neo......, não teria multiplicado pães e peixes e distribuído de graça para o povo, de jeito nenhum!! Na verdade o pão ou o peixe seriam “adquiridos” através de uma pequena oferta de no mínimo 50 dracmas e quem comesse o tal pão ou peixe milagrosos seria curado de suas enfermidades. (Jo 6:1-15)
Se Jesus fosse neo......, ele até teria expulsado os cambistas e os que vendiam pombas no templo, mas permaneceria com o comercio, desta vez sob sua gerência. (MT 21:12-13)
Se Jesus fosse neo......, quando os fariseus o pedissem um sinal certamente ele imediatamente levantaria as mãos e de suas mãos sairiam vários arco-íris, um esplendor de fogo e glória se formaria em volta dele que flutuaria enquanto anjos cantarolavam: “divisa de fogo varão de guerra, ele desceu a terra, ele chegou pra guerrear”. E repetiria tal performance sempre que solicitado. (Mt 16:1-12)
Se Jesus fosse neo......, nunca teria tido para carregarmos nossa cruz, perdermos nossa vida para ganhá-la, mas teria dito que nascemos para vencer e que fazemos parte da geração de conquistadores, e que todos somos predestinados para o sucesso. E no final gritaria: receeeeeeebaaaaaa! (Lc 9:23)
Se Jesus fosse neo......, não teria curado a mulher encurvada imediatamente, mas teria a convidado para a Escola de Cura para o aprender os 7... veja bem, os 7 passos para receber a cura divina. (LC 13:10-17)
Se Jesus fosse neo......, de forma alguma teria entrado em Jerusalém montado num jumento, mas teria entrado numa carruagem real toda trabalhada em pedras preciosas, com Poncio Pilatos, Herodes e a cantora Maria Madalena cantando hinos de vitória “liberando” a benção sobre Jerusalém. E o povo não o receberia declarando Hosana! Mas marchariam atrás da carruagem enquanto os apóstolos contariam quantos milhões de pessoas estavam na primeira marcha pra Jesus. (MT 21:1-15)
Se Jesus fosse neo......., ao curar o leproso (Mc 1:40-45), este não ficaria curado imediatamente, mas durante a semana enquanto ele continuasse crendo. Pois se parasse de crer.. aiaiaiaia
Se Jesus fosse neo......, não teria expulsado o demônio do geraseno com tanta facilidade, Ele teria realizado um seminário de batalha espiritual para, a partir daí se iniciar o processo de libertação daquele jovem. (Mc 5:1-20)
Se Jesus fosse neo......, o texto seria assim: “ Mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um pobre entrar no reio dos céus” (Mt 19:22-24)
Se Jesus fosse neo......., não teria transformado água em vinho, mas em Guaraná Dolly. (Jo 2:1-12)
Se Jesus fosse neo......., ele teria sim onde recostar sua cabeça e moraria no bairro onde estavam localizados os palácios mais chiques e teria um castelo de verão no Egito. (Mt 8:20)
Se Jesus fosse neo......., Zaqueu não teria devolvido o que roubou, mas teria doado ao seu ministério. (Lc 19:1-10)
Se Jesus fosse neo......, não pregaria nas sinagogas, mas na recém fundada Igreja de Cristo, e Judas ao traí-lo não se mataria, mas abriria a Igreja de Cristo Renovada.
Se Jesus fosse neo......., não diria que no mundo teríamos aflições, mas diria que teríamos sucesso, honra, vitória, sucesso, riquezas, sucesso, prosperidade, honra.... (Jo 16:33)
Se Jesus fosse neo......., ele seria amigo de Pôncio Pilatos, apoiaria Herodes e só falaria o que os fariseus quisessem ouvir.
Certamente, Se Jesus fosse neo......., não sofreria tanto nem morreria por mim nem por você... Ele estaria preocupado com outras coisas. Ainda bem que não era.


Fonte: Fé & Razão

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Teólogo protestante deseja que papa lidere os cristãos

Terça-feira, 23 de agosto de 2011 (ALC) - O teólogo protestante Reinhard Frieling defende que o papa Bento XVI seja nomeado líder honorário de todos os cristãos. A proposta surge poucas semanas antes da visita do líder católico a Alemanha. 
"O sonho da comunhão de todos os cristãos pode se tornar realidade se os protestantes oferecerem ao papa o papel de chefe honorário da cristandade", disse o ex-líder do Institute Kundlichen, de Bensheim.

Para o professor emérito da Universidade de Marburg, o papa poderia “falar em nome da cristandade em situações extraordinárias”. Ele argumentou que uma liderança comum daria crédito ao cristianismo como mensagem. 

Se a proposta se viabilizar, o aniversário da Reforma em 2017, com seus 500 anos, poderá ser a ocasião certa para concretizar a visão, baseada em sua opinião do papa já ser "porta-voz para todos os cristãos."

O teólogo protestante sugere que as igrejas da Reforma abandonem sua "auto-suficiência" e assumam as "corajosas consequências ecumênicas".

Essa proposta lembra a que foi feita pelo bispo Johannes Friedrich, da Igreja Luterana da Baviera, há dez anos. Friedrich argumentava que o papa poderia ser aceito como porta-voz do cristianismo mundial como serviço ecumênico de unidade..
A visita do papa a Alemanha está prevista para os dias 22 a 25 de setembro, e inclui as cidades de Freiburg e Berlim, com um discurso diante do Bundestag (Parlamento) alemão, e uma reunião com representantes da Igreja Evangélica na Alemanha (EKD) no mosteiro agostiniano em Erfurt



Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O novo retrato da fé no Brasil


Pesquisas indicam o aumento da migração religiosa entre os brasileiros, o surgimento dos evangélicos não praticantes e o crescimento dos adeptos ao islã

Rodrigo Cardoso
Conheça em vídeo a história de Silvio Garcia, que era pastor da igreja evangélica e hoje é pai de santo :
paidesanto_site.jpg

img.jpg
Acaba de nascer no País uma nova categoria religiosa, a dos evangélicos não praticantes. São os fiéis que creem, mas não pertencem a nenhuma denominação. O surgimento dela já era aguardado, uma vez que os católicos, ainda maioria, perdem espaço a cada ano para o conglomerado formado por protestantes históricos, pentecostais e neopentecostais. Sendo assim, é cada vez maior o número de brasileiros que nascem em berço evangélico – e, como muitos católicos, não praticam sua fé. Dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelaram, na semana passada, que evangélicos de origem que não mantêm vínculos com a crença saltaram, em seis anos, de insignificantes 0,7% para 2,9%. Em números absolutos, são quatro milhões de brasileiros a mais nessa condição. Essa é uma das constatações que estatísticos e pesquisadores estão produzindo recentemente, às quais ISTOÉ teve acesso, formando um novo panorama religioso no País.

Isso só é possível porque o universo espiritual está tomado por gente que constrói a sua fé sem seguir a cartilha de uma denominação. Se outrora o padre ou o pastor produziam sentido à vida das pessoas de muitas comunidades, atualmente celebridades, empresários e esportistas, só para citar três exemplos, dividem esse espaço com essas lideranças. Assim, muitas vezes, os fiéis interpretam a sua trajetória e o mundo que os cerca de uma maneira pessoal, sem se valer da orientação religiosa. Esse fenômeno, conhecido como secularização, revelou o enfraquecimento da transmissão das tradições, implicou a proliferação de igrejas e fez nascer a migração religiosa, uma prática presente até mesmo entre os que se dizem sem religião (ateus, agnósticos e os que creem em algo, mas não participam de nenhum grupo religioso). É muito provável, portanto, que os evangélicos pesquisados pelo IBGE que se disseram desvinculados da sua instituição estejam, como muitos brasileiros, experimentando outras crenças.

É cada vez maior a circulação de um fiel por diferentes denominações – ao mesmo tempo que decresce a lealdade a uma única instituição religiosa. Em 2006, um levantamento feito pelo Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (Ceris) e organizado pela especialista em sociologia da religião Sílvia Fernandes, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), verificou que cerca de um quarto dos 2.870 entrevistados já havia trocado de crença. Outro estudo, do ano passado, produzido pela professora Sandra Duarte de Souza, de ciências sociais e religião da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), para seu trabalho de pós-doutorado na Universidade de Campinas (Unicamp), revelou que 53% das pessoas (o universo pesquisado foi de 433 evangélicos) já haviam participado de outros grupos religiosos.
img1.jpg
ALÁ
Nogueira, muçulmano há um ano: no Rio, os convertidos
saltaram de 15% da comunidade para 85% em 12 anos
“Os indivíduos estão numa fase de experimentação do religioso, seja ele institucionalizado ou não, e, nesse sentido, o desafio das igrejas estabelecidas é maior porque a pessoa pode escolher uma religião hoje e outra amanhã”, afirma Sílvia, da UFRRJ. “Os vínculos são mais frouxos, o que exige das instituições maior oferta de sentido para o fiel aderir a elas e permanecer. É tempo de mobilidade religiosa e pouca permanência.” Transitar por diferentes crenças é algo que já ocorre há algum tempo. A intensificação dessa prática, porém, tem produzido novos retratos. Denominadores comuns do mapa da circulação da fé pregam que católicos se tornam evangélicos ou espíritas, assim como pentecostais e neopentecostais recebem fiéis de religiões afro-brasileiras e do protestantismo histórico. Estudos recentes revelam também que o caminho contrário a essas peregrinações já é uma realidade.

Em sua dissertação de mestrado sobre as motivações de gênero para o trânsito de pentecostais para igrejas metodistas, defendida na Umesp, a psicóloga Patrícia Cristina da Silva Souza Alves verificou, depois de entrevistar 193 protestantes históricos, que 16,5% eram oriundos de igrejas pentecostais. Essa proporção era de 0,6% (27 vezes menor) em 1998, como consta no artigo “Trânsito religioso no Brasil”, produzido pelos pesquisadores Paula Montero e Ronaldo de Almeida, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). Para Patrícia, o momento econômico do Brasil, que registra baixos índices de desemprego e ascensão socioeconômica da população, reduz a necessidade da bênção material, um dos principais chamarizes de uma parcela do pentecostalismo. “Por outro lado, desperta o olhar para valores inerentes ao cristianismo, como a ética e a moral cristã, bastante difundidas entre os protestantes históricos”, afirma.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Prestes a sair da Band por baixa audiência, RR Soares diz que ibope é coisa do "capeta"


Depois de várias tentativas sem sucesso, a Band parece agora estar perto de tirar o "Show da Fé", do Missionário RR Soares, de seu horário nobre.
Baseada na baixa audiência que o religioso agrega ao horário (21h), o que acaba derrubando a média dos programas seguintes, a Band estaria disposta a não renovar o contrato de RR pela locação do horário, que vence em dezembro. O que pesa é o financeiro. O "Show da Fé" paga cerca de R$ 4 milhões mensais à Band pela faixa nobre.
Em muitos dias o ibope da Band, que segue na faixa dos 3 pontos às 20h30, cai para traço com o início do "Show da Fé", média que depois demora a ser recuperada.
Já sabendo da alegação da emissora para tirar o seu programa do ar no final do ano, RR Soares resolveu pregar contra o Ibope.
No programa de quinta-feira (18), o missionário disse que a medição de audiência "é coisa do capeta" e questionou a aferição de dados via aparelhos instalados em casas na Grande São Paulo. "Eles deveriam perguntar de porta em porta quem assiste os programas...", disse RR.
O curioso é que o no site do programa há dados justamente do Ibope sobre os picos de audiência do "Show da Fé"

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Menino de 4 Anos Prega Como Seu Pai Pentecostal

Milhões já viram os vídeos de Tipton como um bebe de 21 meses e agora como um pregador de 4 anos de idade no púlpito da igreja de seu pai em Granada, Mississipi, de uma forma muito parecida com muitos evangelistas - gritando e agitando os braços para saltar e enxugando a testa com um lenço.
Seu pai, Damon, descreveu isso como um "fenômeno" no Today Show.
Damon Tipton, pastor de Os Pentecostais de Granada desde 2008, acredita que é um pouco de ambos e imitação e um chamado.
"Sim, as crianças absorvem tudo o que você colocar na frente delas. Ele tem estado em torno do ministério", disse ele ao programa Today na terça-feira. "Mas sinto que a mão de Deus está sobre ele de uma maneira especial".
Kanon, juntamente com outro "pequeno pregador", é o tema desta quarta-feira à noite especial no National Geographic Channel.
Os pregadores jovens têm gerado controvérsia sobre se a deixá-los tomar o púlpito é apropriado.
"Sou um cristão e sério, isso não é bonito. O garoto é adorável, mas pregação imitada não é", disse o usuário do YouTube anapier2006. "Eu literalmente tive calafrios durante todo o vídeo e NãO do bom tipo. Não importa quão "bonito" isso pode ser para algumas pessoas, mas isso não é apropriado para um culto na igreja, as pessoas devem estar indo para ser ensinadas a palavra de Deus e crescer mais em suas caminhadas... ao invés disso elas veem isso e francamente é perturbador".
Mas o Bispo David Tipton, Jr., o Superintendente Distrital de Mississipi da igreja United Pentecostal Church International, disse que concorda com ele.
A Irmã Johnnie Lowery, membra da congregação, também disse no National Geographic especial", não vejo nada, mas Jesus em um menino que faria qualquer um feliz. Não consigo me recompor quando ele está lá em cima".
Dirigindo-se à crítica de que Kanon é muito jovem para pregar na frente da congregação, o Pastor Damon Tipton disse ao programa Today, "Tudo o que temos feito é o envolvê-lo na igreja. Ele mesmo tem esta paixão. Não estamos forçando-o".
"Ele não tem uma agenda. Não viajamos com ele. "
Kanon não prega o tempo todo, apenas quando inspirado.
Embora o Pastor Tipton e a congregação sejam incapazes de reunir algumas das palavras que saem da boca do pré-escolar e outras palavras são "parte do fenômeno", disse Tipton.
"Aleluia", Kanon diz conforme se aproxima do púlpito.
"O Senhor está aqui esta noite e seu nome é Jesus!" prega o jovem, à medida que a congregação bate palmas e responde em apoio. "Há um só Deus!"
"Precisamos do Espírito Santo", ele diz à igreja. "Amo a pregar aqui esta noite."
Kanon diz que gosta de ficar e pregar na frente da congregação como ele vê o seu "papai pregar o tempo todo".
"Sou um pregador," é como Kanon se identifica.
Kanon é um pregador da terceira geração.
Fonte The Christian Post
Vídeo em inglês

OBS.: Mais um monstrinho produzido por um pai doente... Pobre desta criança. Mais uma infância roubada. Tenho um amigo que foi também pregador mirim, se tornou um adulto doente cheio de doenças porque era cobrado como adulto por ser "pregador"

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Deus não precisa de estrelas para executar a sua obraDeus não precisa de estrelas para executar a sua obra

“Não basta ter luz na mente, é preciso ter fogo no coração”. Com esta ideia o Pr. Hernandes Dias Lopes – teólogo, escritor, conferencista e atualmente diretor executivo da editora Luz para o Caminho – alertou para a importância de manter a humildade no ministério e ter sempre em mente que Deus é o único merecedor de toda a glória e honra.

Em entrevista exclusiva ao Guiame, Hernandes falou sobre a simplicidade do personagem bíblico Elias, a atual banalização do evangelho que a Igreja vive de modo geral e o perigo do ativismo religioso para qualquer líder cristão. Confira na íntegra.

Guiame: Elias é exemplo, também por sua humildade. O que leva líderes a se exaltarem ao nível que estão hoje? Ignorância das ovelhas ou dos próprios ministros?
Hernandes Dias Lopes: A auto-exaltação de alguns líderes evangélicos é uma atitude insensata, pois no Reino de Deus maior é o que serve e aquele que se humilha é que será exaltado. Deus abomina a soberba e não tolera o culto à personalidade. Essa tendência vergonhosa é resultado da soberba dos líderes e da ignorância do povo. Colocar um líder no pedestal é uma atitude indigna, pois todo líder tem os pés de barro. O único nome que deve ser exaltado na igreja de Deus é o nome de Cristo.

Guiame: Muitos pastores estão “matando” suas igrejas com tanta cultura e tão pouca espiritualidade. Como encontrar um equilíbrio entre o conhecimento acadêmico e a vida espiritual?
Hernandes Dias Lopes: O divórcio entre academia e piedade, ortodoxia e ortopraxia, pregação e oração é um dos mais graves problemas da igreja contemporânea. Temos investido muito na cultura da cabeça e muito pouco na cultura do coração. Damos muita ênfase ao conhecimento e quase nenhuma à piedade. Não que estejamos estudando muito ou pelo menos o suficiente para sermos obreiros aprovados, mas conhecimento sem vida não produz resultados que glorificam a Deus. Não basta ser uma igreja sólida na doutrina se aplicamos essa doutrina na vida. Não basta ter luz na mente, é preciso ter fogo no coração.

Guiame: Achamos que a obra do Senhor é nossa prioridade, enquanto precisamos conhecer a Deus acima de tudo. Como podemos evitar de sermos “engolidos” pelo “ativismo religioso”?
Hernandes Dias Lopes: O Deus da obra é mais importante do que a obra de Deus. Nossa maior prioridade não é fazer a obra de Deus, mas conhecer o Deus da obra. Vida com Deus precede trabalho para Deus. O Senhor está mais interessado em quem nós somos do que no que nós fazemos. O ativismo pode ser uma armadilha para nos manter ocupados demais, descentralizados demais e inócuos demais. Precisamos entender que a obra de Deus deve ser feita com os recursos de Deus e para a glória de Deus e não com os nossos próprios recursos para nossa própria exaltação.

Guiame: A humanidade tem se esquecido de estar na dependência do provedor e tem acreditado em sua própria provisão. 
Precisamos vizualisar dificuldades para conhecer de perto o Deus da provisão?
Hernandes Dias Lopes: Há um enorme perigo de substituirmos o Deus das bênçãos pelas bênçãos de Deus e o provedor pela provisão. É fácil depender da provisão quando nós a temos e a administramos. Precisamos saber que a fonte do nosso sustento vem de Deus, pois mesmo que os nossos celeiros estejam vazios, os de Deus estão abarrotados. Precisamos confiar que quando nossa fonte seca, os mananciais de Deus continuam jorrando. Desta forma, quando Deus nos matricula na escola do deserto e sentimos a falta da provisão, podemos saber que ele onde estamos, como estamos, o que devemos fazer e para onde devemos ir. Nesse momento, mais do que nunca, precisamos depender mais do provedor do que da provisão. Obviamente não é necessário passar por uma crise para sabermos disso, podemos mesmo na fartura saber que tudo que somos e temos veio de Deus, é de Deus e deve ser consagrado de volta para Deus.

Guiame: Encontra-se atualmente pregações sem efeito. O fato de não se viver o que se prega pode explicar tal “fenômeno”?
Hernandes Dias Lopes: Nem todos os que proferem a Palavra de Deus são boca de Deus. A Palavra de Deus era verdade na boca de Elias. O bastão profético tinha virtude nas mãos de Eliseu, mas não nas mãos de Geazi. A vida do pregador é sua própria ferramenta. Essa ferramenta precisa estar afiada. O pregador é um vaso e esse vaso precisa estar limpo para ser um vaso de honra. Uma vida imiscuída com o pecado não pode alcançar êxito na pregação. Sem santidade não há vitória na pregação. Precisamos pregar com fidelidade, com piedade, com lágrimas e na virtude do Espírito Santo.


Por João Neto
Fonte: www.guiame.com.br

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pastor preso na operação Voucher deu cheque sem fundo para pagar fiança


Preso na operação Voucher, da Polícia Federal, na última terça-feira (9), o presidente da cooperativa Connectur, Wladimir Furtado, pode voltar para a cadeia hoje caso não consiga cobrir o cheque caução de R$ 109 mil que usou para pagar sua fiança e ser libertado. Furtado deu um cheque sem fundo e foi solto na madrugada do último sábado (13).

Pastor e empresário, Wladimir Furtado tenta arrecadar 109 mil reais para não voltar à cadeia. Ele é dono de empresa de fachada que recebeu 2,5 milhões

Mais de 30 pessoas foram presas por envolvimento em um suposto esquema de desvio de dinheiro entre o Ministério do Turismo e ONGs que firmaram convênio com a pasta. A Connectur é apontada como uma das beneficiárias do esquema fraudulento.
Hoje Wladimir percorreu emissoras de rádios e televisão fazendo no ar um apelo aos amigos e aos fiéis da igreja evangélica a qual ele pertence para que depositassem qualquer quantia na conta de sua mulher para cobrir o cheque.
Ele pediu para as pessoas que atendessem o seu apelo para guardar o comprovante de depósito pois um dia ele pagaria a quantia de volta.
“Há a possibilidade dele voltar para a prisão. Isso depende do juiz federal”, disse o advogado de Wladimir Furtado, Maurício Pereira, ao UOL Notícias. O defensor informou que caso o juiz decida pela prisão de seu cliente, ele entrará com recurso para que Furtado responda em liberdade.
Nas entrevistas que deu hoje, o presidente da Connectur negou mais uma vez que tenha repassado algum dinheiro para a deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) do convênio de R$ 2,5 milhões firmado pela Connectur com o Ministério do Turismo. A deputada é apontada por suspeitos presos na ação como beneficiária do esquema implantado na pasta.
Pelaes é autora da emenda parlamentar que destinou os R$ 4 milhões para o Ministério do Turismo firmar o convênio com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), pivô da investigação da Polícia Federal. A parlamentar nega todas as acusações.

Entenda o caso


  1. • No dia 9 de agosto, a Polícia Federal (PF) desencadeou a Operação Voucher e prendeu 36 pessoas suspeitas de participar de um esquema de corrupção no Ministério do Turismo. Entre os presos estavam o secretário-executivo do ministério, Frederico Silva da Costa, o secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo e ex-deputado Colbert Martins da Silva Filho, o ex-presidente da Embratur, Mário Moysés
  2. • O foco da investigação: um convênio firmado entre o Ministério do Turismo e o Ibrasi, em 21 de dezembro de 2009, para capacitação profissional para fomento do turismo no Amapá. O convênio, no valor de 4,4 milhões de reais, tinha como principal objetivo qualificar 1.900 pessoas em cursos presenciais e à distância
  3. • O Ibrasi contratou cinco empresas de fachada para simular a realização do serviço previsto no convênio. Em vez de realizar cotações prévias, como manda a lei, o instituto as simulou. Escolheu empresas cujos sócios tinham ligação com o Ibrasi 
  4. • As empresas contratadas foram: Cooperativa de Negócios e Consultoria Turística (Conectur); Sinc Recursos Humanos e Automação Ltda; Barbalho Reis Comunicação e Consultoria Ltda; Manhattan Propaganda Ltda e Luaxe Produções, Promoção Comercial e Eventos Ltda
  5. • Depoimentos dos investigados, entre eles diretores da Conectur, implicaram a deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP) no esquema de corrupção. Ela foi autora da emenda que deu origem ao convênio entre o Ministério do Turismo e o Ibrasil
  6. Via Uol e Veja!!

Você é Tão Ruim Quanto o Bin Laden


O título não está errado. Eu não me equivoquei. É isto mesmo que você leu. Você, meu amigo, seja pastor, crente, advogado, médico, irmã de caridade ou voluntário da ONU na África é uma pessoa tão ruim quanto o terrorista Osama Bin Laden. O Muammar Kadafi e você são farinha do mesmo saco. Sua essência respira violência, o âmago da sua alma tem sede de sangue e se você tivesse tido a oportunidade o sangue de Abel estaria em suas mãos e não das de Caim. Não importa se você é negro, branco, amarelo ou cor de rosa. Não faz a mínima diferença se você nunca matou uma mosca ou se acabou de sair da cadeia depois de ter passado longos anos pagando pelos crimes que cometeu. Lembra do Maníaco do Parque? Do rapaz que atirou nas criancinhas naquela escola do Rio de Janeiro? Os torturadores nazistas? A mãe que abandonou o filho na lixeira? Os garotos mimados que atearam fogo no índio Pataxó? Você é da mesma laia que todos eles. Sem tirar nem colocar. Perfeitamente igual. E a pior parte de tudo: eu, Maicon Custódio dos Santos, sou tão tenebroso, monstruoso, brutal e possuidor de um instinto assassino e malvado que é absolutamente igual a todos eles... e a você também.

A Bíblia afirma, na carta de Paulo aos Romanos, capítulo 3, verso 23 que todos pecaram e carecem da glória de Deus. Isso não trata de um ato de pecar, mas de receber de Adão a herança maldita da culpa e da corrupção que faz de mim um pecador imperdoável diante de Deus. A pior raça que existe. Nos salmos temos afirmações bombásticas sobre isso. Em 51.5 a afirmação de Davi é forte quando diz que: Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe ou ainda em 58.3 quando afirma que desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras. Paulo aos Romanos faz mais uma afirmação contundente quando afirma com todas as letras que não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer (3.10-12). Em síntese, a Bíblia comprova e ressalta cada palavra do que eu disse. Não há qualquer diferença entre nós, em nós mesmos, pois todas as nossas justiças são como trapos de imundícia (Isaías 64.6). portanto, a conclusão é clara: Se o Bin Laden e sua corja são dignos do inferno, nós também somos, na mesma medida de dor, rejeição e sofrimento. Sem qualquer apaziguamento, pois somos todos pecadores em mesmo grau. Dos mentirosos aos assassinos, dos idólatras aos preguiçosos, dos bonzinhos aos santarrões. Se fossem como os dias de Ló em Sodoma e Gomorra você pode ter uma certeza: Ficaríamos todos nas cidades e morreríamos por lá. Sem chance, sem meias palavras, sem piedade. Morte é o nosso destino natural.

Porém, para nos livrar do nosso destino natural Deus proveu algo sobrenatural.Ele resolveu virar gente. Deus decidiu ter peso, altura, falar uma língua, ter uma cor, comer pão, beber vinho, enfim, Deus resolveu ser gente como a gente, viver em nosso meio, morrer pelas nossas mãos, por causa de nós e trazer um presente a cada um de nós. Nele, fomos restaurados, e aquele pecado todo que eu vinha dizendo antes pôde ser sepultado com ele, mas como ele não ficou na tumba, pelo contrário, ressuscitou, quando ele saiu dela voltou sem qualquer peso de pecado, pois o sangue dele nos limpou e agora, por causa do amor e da graça dele, todo aquele que crê em seu nome e na eficácia de seu sacrifício para nos salvar do nosso caráter de Bin Laden pode ter a vida eterna. A história pode até parecer simplória e repetitiva, mas foi o fato mais absurdo da História da humanidade. Este ato sobrenatural é a única coisa que possibilita que algum ser humano seja diferente de Bin Laden. Trocando em miúdos, a única coisa que te torna diferente do Bin Laden ou de qualquer outro assassino, estuprador ou terrorista é a graça de Cristo e a ação poderosa dele na sua vida.

Não gaste seu tempo se justificando ou tentando achar argumentos para refutar o meu texto, simplesmente reconheça que é pecador, digno do inferno e que precisa de Jesus Cristo, o Deus encarnado. Não adianta chegar diante de Deus dizendo que fez filantropia, que foi bom marido, honesto e trabalhador, pois isso não vai fazer diferença, pois você nunca pode se esquecer que a única coisa que te torna diferente – e melhor – que o Osama Bin Laden é o fato de ter Jesus Cristo. Qualquer outro discurso, justificativa ou desculpa não vai colar diante de Deus, amado leitor. Além disso, não tente barganhas com Deus ou qualquer tentativa de fazer algo para que consiga se livrar do seu fardo maldito, o pecado. Digo isto pensando em uma única e preciosa palavra que não me canso de ler e repetir na Escritura Sagrada: Pela graça sois salvos, mediante a fé, e isso não vem de vós, é dom de Deus. Não por obras para que ninguém se glorie [...](Efésios 2.8-9). O mesmo Paulo que disse estas palavras as disse porque ele mesmo já havia entendido que não conseguiria fazer nada para se livrar do pecado que habitava nele e que o corroía e corrompia dia após dia. Prova disso? Veja o que ele diz em Romanos 7.24 a 8.1: Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado. Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Enfim, Jesus Cristo nos libertou do poder do pecado e por causa disso, produzimos algo que o agrade. Cumprimos as boas obras que Ele mesmo preparou para que andássemos nelas.

A minha esperança é que ao ler um texto como esse você conclua algumas coisas muito preciosas para a sua vida, querido leitor. Primeiro eu adoraria que você largasse de qualquer tipo de farisaísmo santarrão e passasse a olhar para seu próprio telhado de vidro, pois você é absolutamente pecador. Segundo, se você não é crente, oro a Deus para que seu coração seja profundamente impactado pela mensagem poderosa que pode libertar você das garras do pecado e de seu caráter terrorista. Terceiro, espero que você aprenda a viver nessa graça maravilhosa e salvadora de Jesus Cristo que não nos trata do jeito que merecemos, não nos trata como sanguinários terroristas, mas como eleitos Dele, escolhidos de Deus e co-herdeiros das graças e méritos da cruz!

Que você se convença de quem é você... Quem é Jesus e o que Ele fez por você.

Maicon Custódio

Cresce o número de evangélicos sem ligação com igrejas

Especialistas dizem que processo pode ser análogo ao de quem se identifica como 'católico não praticante'

Pesquisa mostra que, entre 2003 e 2009, fatia de fiéis que dizem não ter vínculo institucional saltou de 4% para 14%


Pedro Carrilho/Folhapress
Verônica de Oliveira, do Rio de Janeiro, frequenta três igrejas diferentes

ANTÔNIO GOIS
DO RIO
HÉLIO SCHWARTSMAN
ARTICULISTA DA FOLHA

Verônica de Oliveira, 31, foi batizada católica e vai à missa aos domingos. No entanto, moradora do morro Santa Marta, no Rio, é vista com frequência também nos cultos das igrejas evangélicas Deus é Amor e Nova Vida.
Quando questionada sobre sua filiação, dispara: "Nem eu sei explicar direito. Acho que Deus é um só".
Em cada igreja, ela gosta de uma característica. Na Católica, são os folhetos distribuídos na missa. Na Deus é Amor, "um pastor que fala uma língua meio doida".
Na Nova Vida, aprecia o fato de lerem bastante a Bíblia
Mais do que trair hesitações teológicas, casos como o de Verônica, de "religiosos genéricos", que não se prendem a uma denominação, crescem nas estatísticas.
Um bom indício do fenômeno surge nos dados sobre religião da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), do IBGE, que pesquisou o tema em 2003 e 2009. No período, só entre evangélicos, a fatia dos que se disseram sem vínculo institucional foi de 4% para 14% -um salto de mais de 4 milhões de pessoas.
Entram nesse balaio, além de multievangélicos como Verônica, pessoas que não se sentem ligadas a nenhuma igreja específica, mas não deixaram de considerar-se evangélicos, em processo análogo ao dos chamados "católicos não praticantes".
A intensidade exata do fenômeno só será conhecida quando saírem dados de religião do Censo de 2010.
No entanto, para especialistas consultados pela Folha, a pesquisa, feita a partir de amostra de 56 mil entrevistas, é suficiente para dar boas pistas do movimento.
O pesquisador Ricardo Mariano, da PUC-RS, reconhece que vem ocorrendo aumento de protestantes e pentecostais sem vínculos institucionais, ainda que ele tenha dúvidas se o crescimento foi mesmo tão intenso quanto o revelado pelo IBGE.

INDIVIDUALISMO
Para ele, a desinstitucionalização é resultado do individualismo e da busca de autonomia diante de instituições que defendem valores extemporâneos e exigem elevados custos de seus filiados.
De acordo com o professor, parte dos evangélicos adota o "Believing without belonging" (crer sem pertencer), expressão cunhada pela socióloga britânica Grace Davie sobre o esvaziamento das igrejas ao mesmo tempo em que se mantêm as crenças religiosas na Europa Ocidental.
Para a antropóloga Regina Novaes, uma pergunta que a pesquisa levanta é se este "evangélico genérico" tem semelhanças com o católico não praticante. Para ela, "ambos usufruem de rituais e serviços religiosos mas se sentem livres para ir e vir".
Diana Lima, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos, levanta outra hipótese: "Minha suspeita é que as distinções denominacionais talvez não façam para a população o mesmo sentido que fazem para religiosos e cientistas sociais. Tendo um Jesus Cristo ali para iluminar o ambiente, está tudo certo".
Os dados do IBGE também confirmam tendências registradas na década passada, como a queda da proporção de católicos e protestantes históricos e alta dos sem religião e neopentecostais.
No caso dos sem religião, eles foram de 5,1% da população para 6,7%. Embora a categoria seja em geral identificada com ateus e agnósticos, pode incluir quem migra de uma fé para outra ou criou seu próprio "blend" de crenças -o que reforça a tese da desinstitucionalização.
Para o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, do IBGE, o que está ocorrendo é um processo de democratização religiosa, "com todos os problemas da democracia".
O maior perdedor é a Igreja Católica, que ficou sem seu monopólio. Segundo Alves, ela vai ceder mais terreno, porque os católicos se concentram nas parcelas de menor dinamismo demográfico.
Já os evangélicos ainda vão crescer muito, garante o demógrafo, pois ganham entre as parcelas da população que têm maior fecundidade.
Outro dado interessante da POF é que aumentou o número dos que declararam uma religião não identificada pelos pesquisadores, o que indica que na década passada mais igrejas surgiram e passaram a disputar o "supermercado da fé", na expressão depreciativa utilizada pelo papa Bento 16.
Por ser amplo, o levantamento permite também identificar, denominação por denominação, o tamanho de cada igreja.
A Igreja Universal do Reino de Deus, por exemplo, registrou queda de 24% no número de fiéis. O recuo pode estar relacionado com a criação de igrejas dissidentes.
Ao analisar os números, porém, os pesquisadores consultados dizem que é preciso esperar o Censo para confirmar esse movimento.


VIA

A Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida se desliga da Aliança Cristã Evangélica Brasileira (ACEB)

A Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida (ICNV) se desligou oficialmente da Aliança Cristã Evangélica Brasileira (ACEB), por decisão do Bispo Primaz, Walter McAlister - que também pediu demissão do seu cargo no Conselho Geral da mesma. As razões para o desligamento foram apresentados em primeira instância aos membros do Conselho e, dois dias depois, a todos os integrantes da ACEB. Reproduzimos abaixo, na íntegra, o texto do comunicado enviado por Bispo McAlister para justificar o desligamento:


Rio de Janeiro, 03 de agosto de 2011
Caros irmãos e irmãs em Cristo da ACEB,

Escrevo a vocês para comunicar, com muito pesar e decepção, mas de maneira irrevogável, a minha demissão do Conselho Geral e o desligamento da Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida (ICNV) da Aliança Cristã Evangélica Brasileira (ACEB). Fato já comunicado aos membros do Conselho Diretor no início desta semana. Mas sinto que devo uma explicação a todos os que participam da Aliança justificando minha decisão, por isso lhes mando este documento.

Descrevo abaixo a quem interessar as razões que me forçaram a tomar essa decisão, levada a termo com base em minha experiência como líder de uma Aliança que existe há 18 anos (a ICNV) e que se mantém unida e atuante desde então. E, o que escrevo a seguir, peço que compreeendam, não tem o objetivo de promover qualquer tipo de desconforto ou desunião, mas o faço apenas a título de explicação:

1.  Acredito que a ACEB está tomando rumos que se desviam das metas principais que uma aliança de igrejas evangélicas de uma nação deveria tomar. Em vez de unir-se em prol de buscar a essência do Evangelho dentro da diversidade de manifestações denominacionais e doutrinárias, vejo que a organização opta por se tornar uma voz política. Erro esse que, aliás, já foi cometido no passado por outras iniciativas similares. Diante disso, sou obrigado a concluir que se seguirmos por esse caminho a ACEB simplesmente não dará certo.

2. Desejo muito ver a união da Igreja evangélica brasileira, em especial mediante a percepção (explicitada em meu livro “O Fim de Uma Era”) de que ela sofre de muitos males que precisam ser discutidos, problemas como falta de devoção, reverência e liderança; o fascínio com celebridades; o mercantilismo; o consumismo; divisões; facções; uma clara tendência de politizar os nossos anseios (buscando no Estado a solução dos males da nossa sociedade) e a volta de antigas heresias que precisam ser denunciadas como tais. Diante desse cenário, vi na ACEB uma possível alternativa para as igrejas brasileiras definirem sua essência e assim se depurar. Foi uma alegria ver uma tentativa de resgate da Igreja. Mas, infelizmente, passados esses meses,o que observo é que esses pontos fundamentais estão sendo ignorados e a ACEB está se tornando apenas mais uma entre tantas instituições que visam a palpitar e tentar influenciar politicamente e midiaticamente o que está nas manchetes dos jornais – mesmo que seja em nome de causas nobres. 

3. Desde o início dos trabalhos da ACEB busquei trazer à mesa o aprendizado e o conhecimento que todos os meus anos como líder de uma denominação que existe pela aliança voluntária de igrejas independentes me proporcionaram. Mas percebi que minhas ponderações e protestos em prol do que julgo ser importante de fato foram inócuos, como em relação aos manifestos publicados a respeito de iniciativas do Estado e o que percebi ao meu redor foi o desejo de ingressar no universo de influência das esferas políticas do país. Um erro crasso, aliás, já cometido ao longo de dois mil anos de História de Igreja e que só trouxe problemas e poluição para a Igreja cristã. 

4. Em vez de discussões relevantes para a purificação da Igreja de Jesus Cristo no Brasil, presenciei em alguns trabalhos da ACEB discussões superficiais ou alienígenas à proposta do Evangelho, como “a necessidade de se fazer um manifesto sobre o aumento salarial dos deputados federais na ordem de 60%”. O argumento foi que “teríamos de fazê-lo para que afirmássemos um viés profético”. Só que voz profética é proclamar o que vai contra o que toda a sociedade aprova. E, nesse aspecto, nós fomos apenas mais uma voz na multidão, visto que aquela reclamação a sociedade inteira já estava fazendo. A ACEB não foi criada para chover no molhado e dizer o que todos já dizem.

5. A Igreja de que o Brasil precisa não existe. Por isso, temos que liderar com palavras de resgate de sã doutrina, ética e espiritualidade. Questões como a infalibilidade das Escrituras sequer foram incluídas nos documentos, e quando questões como essa foram levantadas, e apoiadas por muitos, a resposta foi que qualquer mudança na declaração de fé teria que ser uma resposta a erros claros de doutrina da igreja. Ou seja: os assuntos fundamentais simplesmente não estão avançando nas ações da ACEB. 

6. Para meu total estarrecimento, fui surpreendido ao ser informado que na convocação nacional de novembro próximo teríamos de ouvir uma declarada candidata ao Governo Federal, a senadora Marina Silva, dizer para a Igreja de Jesus Cristo “O que o Brasil espera da Igreja”. Ou seja, uma representante do Estado é quem deve dizer a sacerdotes qual é a nossa missão em nossa nação? A lógica disso escapa à minha compreensão, exceto pela percepção clara de que essa é uma busca de proximidade ao poder político.

7. Esse fato deixou claro a meus olhos o quanto a ACEB está se desviando da proposta de resgate de uma espiritualidade que poderia levar a Igreja brasileira a ser sal da terra e luz do mundo e adotando uma proposta de caminhar pelos corredores do poder, realmente acreditando que isso nos levará a cumprir a missão a nós confiada por Cristo. Só que não vai. Uma análise histórica das vezes em que a Igreja se emiscuiu com o Estado torna evidente que essa opção simplesmente não é o caminho. É perda de tempo para a causa do Evangelho e pode provocar danos gravíssimos, como as páginas dos livros de História nos demonstram inequivocamente.

8. Mediante fatos como os descritos acima, ficou claro que estávamos formando um corpo representativo e não um ministério de resgate da união da igreja. E disso, sinceramente, o Reino de Deus não precisa.

9. A gota d’água para que eu tomasse a decisão de me desligar do Conselho foi o recebimento do comunicado da intenção do Conselho Diretor de dar as mãos ao governo petista sob o lema “A Igreja ouve o grito de Dilma”. Pelo que analisei, faz parte dessa intenção não somente cooperação mas, também, solicitar doações das igrejas para fins sociais do governo federal – que já gasta nababescamente o dinheiro que tira da população sem a nossa anuência e sob ameaça de sanções aos que sonegam os tributos ditados pelo Estado. Se é para adotar iniciativas como essa que a ACEB foi criada, lamento, mas me recuso a participar disso.

10. Há causas extremamente graves para o destino eterno de almas humanas a que nossos esforços precisam se dirigir muito mais do que as que a ACEB vem propondo e, com base nas Escrituras, entendo que não posso investir meu tempo e minhas energias em ações que a meu ver gerarão apenas ações políticas momentâneas, mas que ecoarão pifiamente pela eternidade.

11. A Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida (ICNV), representadas por mim, tem o forte desejo de promover a união do Corpo de Cristo – mas pelos caminhos bíblicos e não mediante lobbies políticos, participação em projetos do Estado, presença em comício e iniciativas similares que estão no escopo de ONGs, partidos políticos, associações de moradores, sindicatos e instituições que nada têm a ver com o Reino de Deus. Foi a busca da união que nos motivou a nos afiliar à ACEB, como também a aceitar a minha indicação como conselheiro. Só que os rumos que a ACEB tem claramente tomado ferem a o manual de ética da ICNV, que, em seu artigo 11, proibe qualquer envolvimento dos nossos sacerdotes em atividades de cunho político. Por isso eu, como líder e exemplo para cerca de 200 sacerdotes da ICNV e mais de 50 mil membros da denominação, não posso aceitar fazer parte de uma organização que, em nome de ser uma “Aliança Cristã” está se tornando uma instituição que se alia ao poder público para avançar causas que julga serem o caminho legítimo de avanço do Reino de Deus, mas que entendo ser um trágico equívoco – e que terá graves repercussões no futuro para a Igreja evangélica brasileira.

Mediante todas as razões acima apresentadas, lamento ter que me desligar da ACEB, mas quero deixar claro ainda que:

A. Não há em mim rancor, mas sim uma percepção mais clara do que de fato é o anseio de setores que participam da liderança da ACEB.

B. Faço isso a contragosto;

C. Todos os laços pessoais de afeto, apreço, amor e carinho de minha parte para com todos os integrantes da ACEB com quem pude comungar permanecem inalterados. Minha questão aqui não é com pessoas, é com objetivos e metodologias de uma organização que, hoje, não vejo sentido de continuar a pertencer. Respeito e só quero bem a todos os membros da ACEB. Tenho carinho pelos integrantes dos vários conselhos. Há pessoas realmente notáveis agregadas a essa organização e pelas quais tenho afeto e amizade pessoal. É com respeito a todos que me despeço desta instituição, embora continuemos irmãos de fé e, espero, amigos.

D. Só o faço por entender que os rumos que a ACEB está inexoravelmente tomando não avançarão em absolutamente nada a causa de Cristo e a purificação urgente da Igreja evangélica brasileira;

Que Deus guie e abençoe a cada um. Que o Senhor abençoe a Sua Igreja no Brasil e a cada um de vocês em particular. Permanecererei orando para que a Igreja de fato venha a se unir e haja um resgate claro da fé evangélica, que está se corrompendo em muitos ambientes, fato sobre o qual já comentamos e concordamos.
Na paz e no amor do Mestre,


+ Walter McAlister
Bispo Primaz da Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida



Divulgado com a autorização da  ICNV


VIA